Você não está sozinho! Há uma geração inteira assim.
A geração millennial cresceu ouvindo que, com estudo e trabalho duro, o sucesso seria uma consequência natural e a felicidade viria como uma recompensa. Nos ensinaram que, se trabalhássemos com o que amamos, estaríamos vivendo um sonho. Afinal, quem ama o que faz “não trabalha um dia sequer na vida”.
“Mas, na prática, a teoria é outra. Nos tornamos a geração burnout – fizemos do trabalho o nosso centro, e a vida nos escapou.
O que me lembra do dia que minha psicóloga me perguntou o quanto da minha felicidade está relacionada a eu ser produtiva. Isso ainda ecoa na minha cabeça.
E talvez agora vá ecoar na sua também: Por que nos tornamos reféns da produtividade?
Esse sonho de “trabalhar com o que amamos” nos levou a aceitar condições precárias, sempre acreditando que a recompensa emocional e financeira viria no fim. Mas, como descobrimos, mesmo quando você ama o que faz, ainda precisa trabalhar todos os dias… e muito. Jornadas longas, sem descanso e limites que desapareceram na nossa busca da realização que nos foi prometida.
Nos deparamos com promessas quebradas, um mercado saturado, economia instável e a pressão constante de acompanhar o ritmo das novas tecnologias. A hiperconectividade, que deveria ser um facilitador, se tornou uma gaiola invisível, nos prendendo a uma comparação incessante e criando uma sensação constante de insuficiência. Mesmo quando tentamos desconectar, o trabalho nos puxa de volta, como se estivéssemos sempre disponíveis.
A busca por validação e realização, antes prometida através do sucesso profissional, trouxe como efeito colateral o burnout. O ciclo que deveria levar à realização nos empurra para o esgotamento, onde a linha entre trabalho e vida pessoal se torna um borrão.
E você? Já parou para pensar se o equilíbrio entre trabalho e vida realmente existe? Se também sente que se tornou refém dessa busca incessante, saiba que essa reflexão é o primeiro passo para construir uma nova relação com a nossa carreira – e, quem sabe, com a nossa felicidade.